domingo, 17 de maio de 2009

Brilho eterno de uma mente sem lembrancas


Assistindo: Supermaquina (a nova, um Shelby 500 muito massa!)
Ouvindo: "Wild Horses", dos Rolling Stones

Galera

Assisti hoje "Brilho eterno de uma mente sem lembrancas". Ja me haviam recomendado (oi, Bea!) mas ainda nao tinha prestigiado. E uma coisa eu digo pra voces: e muito bacana!


A trama fala de um cara (Jim Carrey) que deseja apagar de sua mente todas as vivencias com uma ex-namorada. Uma clinica tem um procedimento, que e bastante difundido, que permite limpar da mente de qualquer um qualquer lembranca, por mais especifica que seja.

Questoes eticas a parte, relacionadas ao procedimentos, uma coisa que me chamou muito a atencao foi pensar nas implicacoes que apagar algumas lembrancas poderia trazer para a vida de qualquer um.

Aquele dia da escola, aquela briga com o chefe, aquela situacao chata que voce viveu... por pior que tenha sido, algum motivo teve em sua vida, gerou algum significado e um sentido subjetivo pra voce (olha o Fernando Rey ai, gente!). Independente da qualidade da lembranca, ela faz parte de voce. Nos somos o que lembramos, de uma forma ou de outra!

Outra coisa que eu fiquei pensando: quando apagamos uma lembranca nossa, apagamos tambem a lembranca de alguem. Eu sou o que eu lembro e o que lembram de mim. Se eu apago isso, ou alguem apaga algo de mim, como e que fica? Um belo dia eu pergunto para um amigo: "Lembra de tal situacao que vivemos juntos?" e ele responde: "Nao, eu paguei pra deletar isso." Ainda que fosse a versao dele, seria parte da minha historia. Alguem decide apagar algo e todos ficam no prejuizo. Todos perdem no final das contas.

Muito da minha historia e bem concreto. Nao me refiro a fotos, mas as minhas caixinhas com varias lembrancas que estao guardadas no meu (novo) escritorio. Sao cartas, bilhetes, ingressos, objetos, lembrancinhas... um sem numero de coisas que me lembram de algum lugar, alguem ou alguma coisa. Sinto muitas vezes que eu estou naquelas caixas e que se aquilo se perder meu passado some tambem. E eu, Deus me livre, nao desejo isso.

Nao sei o que voces fazem com suas lembrancas. Eu guardo as minhas. E prefiro continuar assim enquanto memoria houver ou espaco no escritorio eu tiver.

Abracos a todos.

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