quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O paradoxo do ficar perto e se afastar.

Ouvindo: "O Amanhã Colorido", do Cidadão Quem.

Salve, pessoal!

Qual a medida correta entre ficar perto e se afastar? A medida tanto no sentido de distância, comprimento, como no sentido de atitude?

Às vezes eu me magôo com alguma coisa ou alguém. Uma situação, uma palavra, uma atitude... algumas vezes, eu deliberadamente me afasto. Outras, eu me afasto sem querer, sem perceber.

De vez em quando eu me pergunto: qual a medida correta entre ficar perto e se afastar? Entre diminuir a freqüência com a qual eu vejo alguém e nunca mais voltar a ver?

Tem um outro lado da história que me vem à mente. Eu, com certeza, já gerei uma série de situações, já disse uma porrada de palavras, já tomei um monte de atitudes que fariam com que pessoas, que se porventura pensassem como eu, certamente decidiriam pela medida maior e mais drástica: a do afastamento.

A essas pessoas, que tem a paciência e a compreensão que eu nem sempre (ou quase nunca) tenho, o meu muito obrigado, por fazer valer um dos versos mais bonitos que tem na canção que estou ouvindo hoje: "Não desista de quem desistiu."

Um grande Abraço a todos.


P.S: Tem dias que o coração tem se apertado com coisas que vejo, ouço, ou sinto... preciso pedir muito a Deus para me mostrar sempre o melhor caminho e me ensinar a relevar algumas coisas. Paciência, humildade e sabedoria, entre outras tantas coisas que me faltam e me são necessárias.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Acabaram as eleições!

Ouvindo: "Sepulnation", do Sepultura.

Salve, pessoal!

Até que enfim acabaram as eleições. Não sei vocês, mas eu estava cansado de campanhas desagradáveis e quase nunca éticas, além dos recorrentes debates e discussões sobre coisas que em nada ajudam a resolver os problemas de nossos estados e do nosso país.

Não me acho muito alienado politicamente. Acompanho, presto atenção, tento formar minha opinião e tirar minhas próprias conclusões. Mas o fato é que a campanha desse ano pareceu pior que as anteriores (sempre vai parecer isso, não é mesmo?). Nenhum candidato está disposto a trazer informação, transformam horário eleitoral em programa de fofoca. Agressões mútuas e discussões vazias foi o que eu vi.

Por que não focaram nos projetos e em como eles foram concebidos? Todo mundo falava que vai fazer isso e aquilo, consertar essa e aquela coisa. Mas ninguém explica de onde vem as idéias mirabolantes que aparecem nos planos de governo. Particularmente, não vi nenhum candidato que explicasse os números mágicos ou as soluções propostas. Todos diziam que iriam construir não sei quantas casas, por exemplo. De onde saiu esse quantitativo? Algum estudo, análise técnica ou a simples opinião de alguém que diz que entende das coisas e que o número escolhido é bonito?

Outra coisa: por que eles são incapazes de reconhecer que o plano de governo do adversário tem coisas legais? Eu gostaria muito de ver um debate onde um candidato falasse para o outro: "Candidato, sobre essa pergunta que você fez, eu confesso que me sinto tentado a adotar a solução que foi proposta no seu plano de governo. Sua proposta, associada com a minha, poderia gerar bons resultados!".

Os planos mirabolantes e a descrença nos demais candidatos beiram a negligência. E me faziam pensar muitas vezes se os candidatos estavam realmente interessados em contribuir com a melhoria e desenvolvimento de seus estados, de nosso país.

A eleição acabou e os nomes dos novos governantes já foi divulgado. Agora é torcermos por todos eles para que façam bons governos e possam contribuir com a melhoria das vidas de todos nós!

Abraços a todos!

P.S: Sei que o blog não é sobre política, mas reconheço que o momento pede reflexões a respeito.
P.S.2: Não, não tenho vinculação partidária nenhuma. Se um dia eu tiver, aviso!
P.S.3: Se fiquei satisfeito ou não com os resultados das eleições, para governadores e presidência? Na boa, pessoal, independente da resposta dada, isso pode gerar discussões indevidas. Prefiro me reservar o direito de não opinar sobre isso e falar somente sobre o processo como um todo.

domingo, 3 de outubro de 2010

Domingo de eleição

Ouvindo: "Cowboy fora da lei", Raul Seixas.

Salve, pessoal!

Eu votei. E não me candidatei. Afinal, "alguém pode querer me assassinar".

Já imaginaram Marcone "Baiano" numa casa legislativa? Ou mesmo num cargo executivo? Rapaz, não animo não...

O que é corrupção e quão corruptíveis somos todos nós?

O que são leis e quão isentos todos estamos?

Temos por costume chamar políticos de ladrões, dizer que nem um deles presta. Mas, vamos aos fatos:

1. Você recebeu o troco a maior na padaria. Devolveu, ou foi embora de fininho?
2. Na mesma padaria, a atendente nunca dá a nota fiscal. Você cobra, ou faz de conta que não viu?
3. No caminho para o trabalho, o trânsito está lento e se pegar um pequeno trecho de acostamento, entra naquela saída que te leva pra avenida com melhor movimento. Você espera pacientemente ou corta só um pedacinho do caminho?

Exemplos são inúmeros, mas a constatação é uma só: o que separa aqueles supostos ladrões que estão lá de nós, meros eleitores que reclamamos e xingamos a mãe deles? Um coisa só: a oportunidade!

Nos três casos acima, a oportunidade permitiu a conivência ou mesmo a realização de pequenas infrações. E se os exemplos falassem de desvio de verbas, tráfico de influências, corrupção ou qualquer uma daquelas coisas que estamos cansados de condenar? Agiríamos diferente?

Não estou acima da lei e nem tenho moral suficiente para condenar ninguém sobre nada que faz. Apenas "não quero ser prefeito" e "alguém pode querer me assassinar". Seja por condenar e denunciar a sem-vergonhice, seja por aceitar participar dela. Apenas penso que cada um de nós poderia pensar mais no fato de que o político safado que está lá somos você e sou eu e que "o povo tem o governo que merece".

Ando meio de saco cheio de política. Mas tinha que falar alguma coisa sobre isso, ainda mais hoje.

Um grande Abraço a todos.

P.S: Ando tão relapso com o ato de escrever que tenho medo até de revisar o texto. Perdoem se o que tiver escrito acabar sem pé nem cabeça.
P.S.2: Até parece que quando escrevo certo tem pé ou cabeça... Oh!, meu Deus... fazer o que, né?
P.S.3: Criei um perfil no Twitter, preciso estudar um pouco sobre essas novas mídias sociais. Tem um gadget aí do lado que dá acesso à ele.
P.S.4. Não sabe o que é gadget? Nem eu! Mas faço como os mineiros, que dizem que "uai é uai, uai!". Ou seja, "gadget é gadget, oras!".

domingo, 1 de agosto de 2010

Ok, não tem desculpas mesmo!

Ouvindo: "Violero", Xangai.

Salve, pessoal!

Ok, não tem desculpas mesmo! Estou sumido e o motivo é um só: falta de vergonha na cara.

A falta de vergonha se traduz em falta de inspiração, em falta de motivação, em falta de produção... faltam posts, no final das contas.

Alguns poucos amigos fiéis ainda me acompanham. E fico constrangido em não produzir nada para eles. Não me espantam eventuais debandadas de público e acompanhamento (tem cada vez menos gente passando por aqui).

Como não tem desculpas mesmo, vamos tentar voltar às produções. Tenho vivido e pensado em muitas coisas, espero que isso se traduza em textos.

Um grande Abraço a todos e, mais uma vez, um milhão de desculpas pela minha ausência contumaz.

terça-feira, 22 de junho de 2010

"Cada um sabe onde seu calo aperta."

Ouvindo: “Freud Flintstone”, Humberto Gessinger Trio (esse cd é uma raridade! Valeu mesmo, Macarrão!).

Salve, pessoal!

Impossível desvincular a sabedoria popular do avanço das ciências e de sua condição atual. O ditado que dá título ao post de hoje é um ótimo exemplo disso!

Da última vez falei sobre uma inquietação minha sobre o exercício da Psicologia em diversas regiões e, por que não dizer, países. Estava pensando sobre como a prática psicológica pode ter variantes (ou variáveis) de acordo com a cultura, o contexto, as tradições de um lugar. Hoje quero aprofundar mais ainda essa análise.

Além da influência de todos esses fatores que citei no parágrafo anterior (e de tantos outros que não falei aqui), existe um fator que conta, talvez, bem mais do que todos esses juntos. Esse fator pode ser resumido, facilmente, na boa e velha frase popular :”Cada um sabe onde seu calo aperta”.

Fernando Rey (sempre ele!) dá um nome mais bonito a isso: subjetividade. A subjetividade e a forma com que ela se manifesta se traduzem na dor que cada um sente com seu próprio calo. Se a região geográfica onde moro, minha família, religião, círculo de amizades, trabalho influenciam ou deixam de influenciar no que penso e sinto, mais importante ainda é a forma com que eu me sinto, penso e me posiciono diante disso tudo. Posso fazer parte de uma sociedade extremamente conservadora e, ainda assim, adotar um posicionamento mais liberal por necessidades ou desejos exclusivamente meus. Para fazer meu calo doer um pouco menos, vou me posicionar da forma que me deixar mais confortável, ainda que precise nadar contra a maré para conseguir isso.

Aliviar meu calo não me exime de outros desconfortos. Pro calo ficar mais folgado, talvez tenha que usar um sapato que não combine com a festa que eu vou. E isso também vai me gerar algum tipo de incômodo. Muitas vezes, inclusive, optamos por manter a dor no calo e nos calçar de acordo com o que a situação pede.

Além de me posicionar de acordo com as variáveis (ou variantes), o que mais tem que nortear meu posicionamento e minha prática psicológica é o meu cliente. Seu calo e a forma com que ele lida com ele. A dor, o alívio da dor, a tolerância da dor e o que ele quer fazer com a dor. Meu cliente, com seu calo, é o foco da minha atuação. Sem perder de vista as coisas que interferem em sua vida, seu pensar e seu sentir. E entendendo que é impossível me livrar das coisas que interferem em minha vida, em meu pensar e em meu sentir, como pessoa e como terapeuta.

Abraços a todos!

P.S: Se o calo do terapeuta atrapalha? Claro! Imagine pisar em terrenos desconhecidos com um sapato nem sempre confortável e com um calo sempre presente. Essa é a vida de quem trabalha com terapia! (Isso daria um bom post...) .

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A Psicologia é regional?

Ouvindo: "Além da Máscara", Pouca Vogal.

Salve, pessoal!

Algumas vezes, nessas viagens que faço de vez em quando, já me perguntei: a Psicologia é regional?

Do ponto de vista administrativo, os CRP – Conselhos Regionais de Psicologia, atuam por regiões. Mas isso é a administração, a controladoria da profissão.

Do ponto de vista teórico, temos linhas de pensamentos que vieram dos mais variados lugares do mundo (Skinner era norte-americano, Freud era austríaco, Fernando Rey é cubano, Marcone “Baiano” é de Morro do Chapéu). Mas isso é a teoria, esses amiguinhos sofreram influência dos pensamentos de sua época, seja o pensamento científico, religioso, ético, filosófico...

Mas e a prática, como é que fica? Os princípios administrativos que os Conselhos adotam podem ser vistos com uma ótica mais ampla, nacional ou, talvez quem sabe, mundial. A teoria também tem caráter “Erga Omnis”, vale pra todo mundo (pelo menos, segundo seus criadores). Mas, na prática, é assim mesmo? Aplicar a Psicologia, exercer a Ciência e a Profissão, não seria algo de caráter extremamente regionalista?

Em minha lua de mel, tive a oportunidade de conhecer Gramado, no Rio Grande do Sul. E pude voltar lá novamente, graças a Deus. Logo na primeira viagem, algumas coisas me chamaram muito a atenção. E a pergunta surgia: a Psicologia é regional?

Sempre que posso, tento ligar o rádio nas estações locais. Gosto muito de música e tenho sempre a curiosidade de tentar ouvir o que as pessoas da região ouvem. E as rádios locais sempre trazem boas surpresas musicais.

Liguei o rádio numa estação local, chamada Imperial FM. Na verdade, ela era de Nova Petrópolis, mas pegava em Gramado. Nos intervalos da programação musical, eles sempre anunciavam festas na região. Numa dessas chamadas, um ponto me chamou a atenção: “Casais casados, com certidão do casamento e apresentação da identidade, não pagam”. Achei muito curioso. E muito antes de começar a formular juízos de valores, de pensar se isso era certo ou errado, comecei a pensar isso na minha prática de Psicologia.

Moro em Brasília e as pessoas aqui moram juntas, sem certidão de casamento. Isso tem um significado e um contexto por aqui. Assim como, naquela região, casar e ter certidão de casamento tem um significado próprio também. E como seria isso no meu consultório? O cliente sempre vai trazer uma demanda que envolva esse tipo de contexto regional/cultural. E como fica minha atuação? Como avaliar e, até quem sabe, emitir um posicionamento sobre algo dessa natureza? Será que eu me formei Psicólogo pra atuar em Brasília e precisaria de um curso para atuar em Gramado, em Salvador, em Belém, em São Paulo.. .

A Teoria talvez tenha um caráter universal, mas a aplicação certamente não. A cultura influencia, o contexto influencia e, sobretudo, o sujeito influencia. Sou Baiano, moro em Brasília e posso atender um cidadão gramadense a qualquer tempo. Como transitar nessas nuances, como compreendê-las?

Se a Psicologia é ou não regional eu ainda não sei. Mas que pensar nessas diferenças e tentar agir com um certo relativismo com certeza podem fazer com que ela varie o sotaque de acordo com o local e a demanda e o cliente.

Abraços a todos!

P.S: Ainda não estou atendendo, infelizmente. Vou no CRP-1 providenciar a documentação!

P.S.2: Quando falo em consultório, ainda sem estar atendendo, lembrem que tive um período de estágio que, diga-se de passagem, foi riquíssimo! Não estou na clandestinidade, fiquem tranqüilos!

P.S.3: Estudos de casos são sempre ótimos insumos para a reflexão. Procurem alguns e mandem ver!

P.S.4: Sobre relativismo, sugiro pesquisarem Emile Durkein e seu Relativismo Cultural. Aprendi muito sobre ele com o Prof. Bizerril.

domingo, 30 de maio de 2010

Ausência

Ouvindo: "Varandas", Almir Sater.

Salve, pessoal.

Mais um longo período de ausência de minha parte, não é? E o pior é que sinto que não foi falta de inspiração, mas de disposição.

Estou organizando uns pensamentos para compartilhar com vocês. E para fazer jus a indicação de Sara sobre a qualidade do meu blog.

Abraços a todos e, mais uma vez, mil perdões pelos meus reincidentes furos.

domingo, 18 de abril de 2010

Indignação

Ouvindo: "Born to be wild", Steppenwolf.

Salve, pessoal!

Tenho muita coisa pra tratar com vocês, sobre não sei quantos assuntos. Mas fiquei tão indignado com algumas coisas que vi hoje que vou deixar esses posts pra depois.

Voltei a andar de moto, na semana passada, acho que a seca finalmente chegou em Brasília. Hoje, pra alimentar meus sonhos, voltei a pesquisar algumas motos maiores (embora a grana não dê pra comprar nenhuma delas agora). A pesquisa só trouxe indignação!

Comecei a pesquisar alguns de meus objetos de desejo em sites de montadoras. Burro que sou, fiquei curioso e fui pesquisar os preços na Europa e Estados Unidos. Não tem como não ficar indignado!!!

Aqui no Brasil, uma moto nacional de 600 cilindradas está na casa dos 30 mil reais. Algumas um pouco menos, outras um tanto mais. Mas, com 30 pilas, dá pra montar numa moto média que já anda bem mais que a minha 250.

Nos EUA, encontrei uma moto de 600 cilindradas pelo preço de uma 300 aqui. Na Europa, uma Ducati Monster 696 sai pelo equivalente a 15 ou 17 mil reais. Aqui não custa menos que 36 mil.

A que se deve essa discrepância toda? Impostos, meus caros! Apenas isso! Algumas importações chegam a taxar os produtos em 60%. Entendo o protecionismo, mas a taxação absurda também existe para produtos nacionais.

Por que motivo existem produtos superiores nos mercados externos por preços muito menores que os nossos? Impostos, impostos e mais impostos! E o pior: se eu visse ou percebesse a utilização desses impostos, não me importaria de pagá-los. Mas não faço idéia de pra onde eles vão! Como não ficar indignado?

Até minha vida financeira melhorar, continuarei andando de 250. Ou, quem sabe, até fazerem a reforma tributária neste país (sabe Deus quando...).

Abraços a todos.

P.S: Se alguém se solidarizou com minha situação, estamos aí! Aceito uma moto como doação numa boa!
P.S.2: Não se identificou tanto com o que eu escrevi hoje? Deve ser porque você não sabe que seu carro também poderia ser bem mais barato. E seu computador. E sua televisão. E tudo o mais que você compra na vida.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Me orgulho de ser um homem atrás de meu tempo.

Ouvindo: “Cocaine”, Eric Clapton.

Salve, pessoal.

Me orgulho de ser um homem atrás de meu tempo. Na contramão de tudo e todos, esse negócio de vanguarda não é lá a minha praia. Até pensar em ser alguém que acompanha meu tempo já me apavora, veja lá estar adiante dele. E vejo isso por dois motivos, sendo um de implicância e revolta e o outro por convicção (ou não) filosófica.

Para que eu possa justificar meu primeiro motivo, peguem o que temos hoje na nossa música: Rebolation, Calypso, Emos e por aí vai. Quando o tal do ET morreu, falaram que ele, com seu parceiro Rodolfo, venderam 200 mil cópias de seu disco. Vê se alguma música de qualidade vende isso hoje!

O meu tempo era o do rock nacional dos anos 80. E vieram os anos 90, que ainda produziram muita coisa boa. Mas, depois disso, o angú parece que desandou total. Confesso que não me contive no meu tempo, achei melhor, mais sábio e mais prudente retroceder sempre uma ou duas décadas, pelo menos. E foi aí que conheci Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Renato Teixeira, Raul Seixas, Iron Maiden, Eric Clapton, Pink Floyd e muitos outros que nem tenho como citar agora. Estar atrás de meu próprio tempo sempre me foi muito vantajoso!

O segundo motivo não deixa de ser importante. Talvez seja até mais. De que me adianta viver à frente de meu tempo, querer ser o futuro, a vanguarda, e deixar de vivenciar o presente, o hoje? Hoje é o tempo mais importante, o que faço agora é o que me importa. Muitas vezes ficamos pensando no futuro e o presente passa por nós, sem que possamos aproveitá-lo devidamente. “Carpe diem”, não é o que diziam?

Embora tenha limitado minha justificativa do primeiro motivo a questões musicais, poderia fazer uma lista extensa de situações que comprovam que o tempo de ontem tinha coisas mais agradáveis e proveitosas que o tempo de hoje: recebíamos cartas e não e-mails, não éramos reféns de celulares, conversávamos mais pessoalmente que por msn. Isso sem falar nas questões sociais, como a violência, por exemplo (sim, ela era menor antigamente!).

Eu me orgulho de ser um homem atrás de meu tempo. Na contramão de tudo e todos, avesso à vanguarda.

Abraços a todos!

P.S: Sim, eu sei que o título e a primeira linha pediam uma “ênclise”. Mas eu não quis usar. Vão se queixar com Nego Fiinho, que diria: “Dei-me-o!”

P.S.2: Usar um blog é uma contradição? Depende. Se você pensar que quando comecei com o blog esse conceito já era velho, continuo sendo um homem atrás de meu tempo.

P.S.3: Pros gaiatos de plantão: sem piadinhas com esse negócio de “na frente” ou “atrás” disso ou daquilo. A idéia não foi gerar duplo sentido, seus pervertidos! Quanta mente imunda, meu Deus...
P.S.4: Querem pensar em mais coisas de antes que continuam boas hoje? Vão listando nos comentários. Quem sabe depois eu publico a lista aqui.

domingo, 4 de abril de 2010

De volta a Brasília!

Ouvindo: "Brincar de Viver", Maria Bethânia.

Salve pessoal!

Cheguei no domingo passado. Pra variar, consegui me enrolar todo e não fazer nenhum post, nem durante a viagem, nem assim que cheguei.

A viagem foi maravilhosa, graças a Deus. Recomendo a todos um passeio por Gramado e toda a região serrana do Rio Grande de Sul.

Logo, logo sai um post por aqui. Sarinha e Maria Helena, obrigado pelo carinho e pela companhia!

Abraços a todos!

domingo, 21 de março de 2010

Na estrada, novamente!

Ouvindo: "Zombie", The Cranberries.

Salve, pessoal!

Daqui a pouco, viajo pra Gramado novamente. Pensem na alegria do menino!

Tentarei fazer um post especial de lá, se a internet do hotel me ajudar.

Abraços a todos!

P.S: Maria Helena e Sarinha! Não esqueci de responder vocês não, viu! Saudades muitas das duas, brigadão pelo carinho e pelo comentário!
P.S.2: Sarinha eu ainda vejo de vez em quando. Mas você, Maria Helena... quanto tempo, hein? rsrsrs. Vamos marcar um lanche depois, temos muito assunto pra colocar em dia! Beijos grandes nas duas!

quarta-feira, 3 de março de 2010

O juízo que fazem da gente

Ouvindo: "Perfect sense", Roger Waters.

Salve, pessoal!

Outro dia eu escrevi sobre "Hetero-estima" (revista e reconsiderada: usaremos "alter-estima", por sugestão da amiga de Sara que me esqueci o nome - está nos comentários do post citado) e levantei a questão sobre o que seria esse sentimento que vem de outro e nos causa emocionalidades diversas, falando mais alto que nossa auto-estima, algumas vezes.

E quando consideramos, de forma crítica, como os outros nos vêem? Quando recebemos um elogio, ouvimos um comentário ou mesmo passamos por uma sessão de "fodeback" com nosso chefe no trabalho?

Uns dizem que somos assim, outros que somos assado. Comentam isso, dizem que percebem aquilo... E como nós vemos o que vêem sobre nós mesmos?

O post de hoje surgiu de uma conversa (hilária, claro!) com Estéfanie (ainda aprendo a escrever seu nome, fique tranquila). Brincávamos sobre o fato de que muitas vezes me viam como um cara safado, descarado e sem-vergonha. Tudo porque sou uma pessoinha sociável e brincalhona.

Já pensou se eu levasse o que dizem que pensam a sério? Ou me ofenderia profundamente, ou acreditaria no que dizem. Imaginem os prejuízos que seriam gerados ao meu caráter!

Agora pensem numa situação mais séria: um comentário que você ouviu de seus pais, de um amigo, do professor, de um colega de trabalho, do chefe... Isso pode te ofender ou te engrandecer, depende de como seja dito e de como seja por você recebido.

A opinião alheia é sim muito importante pra todos nós. Mas talvez o mais importante seja o que fazemos com as opiniões que ouvimos. Bem ou mal, elas ajudam a formar o que pensamos sobre nós mesmos, ajudam a construir nossa auto-estima.

Pensando dessa forma, além de querer deixar vocês pensando sobre o assunto, surge para mim mais um desafio metodológico/conceitual: existe uma relação direta entre auto e alter-estima? Como elas são construídas e como geram influência uma na outra?

Em penso daqui, vocês pensam daí. E pensamos juntos, afinal.

Abraços a todos!

P.S: Estéfanie, juro que tentei fazer um post divertido. Mas o sono não deixou. Fico devendo um mais descontraído e menos desorganizado! ;)
P.S.2: Na verdade, não é que esqueci o nome da colega de Sara. Eu não sei mesmo! No comentário aparece apenas o pseudônimo de "Momba Negra" (lembram de Kill Bill?). Em todo caso, brigadão pela colaboração e apareça mais vezes pra comentar as Teorias, viu!
P.S.3: O "ouvindo" de hoje tem a ver com o post. De forma meio sobliminar, ou mesmo sombria/obscura. Tem o vídeo da canção clicando AQUI. A letra vocês mesmo pesquisam, já trabalhei demais por hoje.
P.S.4: Não viram como eu encaixei a canção com o post? Como não? Pensem direito e vão achar a solução.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Continuo sem arrumar nada...

Ouvindo: "Ain't no Mountain High Enough", Marvin Gaye.

Salve, pessoal!

Enquanto minha querida Sarinha está a tirar o pó e arrumar as coisas, eu continuo sem arrumar nada.

O escritório continua uma bagunça. Os cd's fora do lugar, os livros e revistas bagunçados, as canecas em plena desordem... se o meu espaço físico é assim, imaginem o meu espaço mental.

Mesmo quando eu acho que meu juízo está em ordem, tenho a impressão de que não está. Por mais contraditório que isso seja.

Essa semana volto pro karatê. Vamos ver se o físico ajuda a mente.

Abraços a todos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Datas e datas.

Ouvindo: "Tive razão", Seu Jorge

Salve, pessoal!

Existem datas e datas.

Natal, Ano Novo, Dia das Crianças... datas extremamente simbólicas e com grandes significados pra todos. E o dia do aniversário?

Existem pessoas que dão extremo valor a datas de aniversário. À própria então, nem se fala. Encaram como o dia mais especial do mundo, ficam ofendidas quando não recebem telefonemas ou cumprimentos e ainda sentem uma grande falta dos presentes. Mas isso é relevante mesmo?

Nunca fui muito fão do meu dia de aniversário. Sempre rola uma nostalgia, uma angústia, uma ansiedade... tristeza, até. Muitas vezes, uma semana de tristeza. Ou mais que uma semana. Depois de grande, não fiz muitas festas. E nem fizeram pra mim. Aos poucos, fui perdendo o entendimento se eu tinha me afastado dos meus aniversários ou se meus aniversários se afastaram de mim. Passou a ser uma data instrospectiva, pessoal, particular. Antes dos meus trinta , trinta e cinco anos, já tinha essa sensação. Agora, que devo estar indo para os quarenta, quarenta e poucos, parece ser mais intenso ainda.

Não condeno quem valoriza muito os aniversários. Ao contrário. Eu até apóio e incentivo esses sentimentos. Não deve ser bacana pra ninguém encarar os aniversários do jeitinho que eu encaro. Aproveitem suas próprias festas, celebrem com seus amigos. O meu jeito é meio quieto, com meus discos e meus livros. Se tiver a lua no céu e uma cerveja no copo então, a cerimônia está completa. Não preciso dormir, apenas esperar o dia vir e começar de novo, do jeito que acabou na idade anterior, no ano que passou, na fase que findou.

Costumo dizer que acho mais importante que meus amigos lembrem de mim sempre, não somente no meu aniversário. Que me liguem para saber como eu estou e me dar os parabéns quando eu completo alguns anos, meses e dias, não somente nos anos cravados. Que se importem comigo sempre, demonstrem carinho e Amor rotineiramente, não por força de um calendário. Meu aniversário é todo dia e os que me amam sabem disso.

O aniversário de mais um ano está chegando. E estou sempre aqui para receber os cumprimentos.

Abraços a todos.

P.S: O tempo influencia muita coisa e muda tudo, sempre. Se eu mudei para o aniversário assim, posso quem sabe mudar para o aniversário de novo.
P.S.2: Detalhe: o fato de eu não comemorar meu aniversário não significa que eu não goste de ganhar presentes. Pode abrir o bolso, moçada! hehehe.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Existe hetero-estima?

Ouvindo: "Lovefool", The Cardigans.

Salve, pessoal!

Já se perguntaram se existe algo como hetero-estima? Pensemos da seguinte maneira:

Estima:
1. Ato ou efeito de estimar. 2 Apreço, consideração. 3 Apreciação, avaliação. 4 Afeição, amizade


Auto: próprio, reflexivo.

Hetero: diferente, do outro.

Termos um apreço por nós mesmos, nos amarmos, gostamos de como somos é uma coisa fantástica. Ainda mais quando temos, também, consciência de nossos defeitos (mas isso é assunto pra um outro post...).

Mas e quando a auto-estima não é algo que vem de nós mesmos? Seria isso uma hetero-estima?

Recebermos elogios e sermos valorizados pelos outros é algo que nos faz bem, sem sombra de dúvida. Mas quando essa valorização é apenas de origem externa e não interna, aí temos um problema.

A opinião dos outros pesa mais do que a nossa. Precisamos de reconhecimento do outro, somente o nosso não basta. Aí cortamos o cabelo, fazemos a barba, compramos roupas que não nos agradam necessariamente e por aí vai. Tudo porque nossa auto-estima é praticamente nula e extremamente dependente da influência dos outros.

E é justamente nessa dependência que os riscos aparecem. A moda agora é lipoaspiração. As pessoas tem recorrido a esse tipo de cirurgia por algo de si mesmo ou por necessidade de hetero-estima? As pessoas correm riscos para agradar a si mesmo ou aos outros?

Quando eu converso com as pessoas costumo dizer que a resposta está dentro delas. Sempre. Pode parecer uma filosofia Mestre Yoda, dito desse jeito. Mas é um fato. Ao encontrar a resposta em si, deixam de existir os questionamentos dos outros.

A auto e a hetero-estima podem coexistir. Não já problema nisso. Há problema em deixar a balança pender demais para um lado só, seja lá que lado seja esse.

Abraços a todos.

P.S: Sarinha, estou em dúvidas com o uso do termo "hetero" nesse contexto aí de cima. A idéia é falar de algo que vem de fora, do outro. Confirma pra mim, por favor?
P.S.2: Atenção, namoradinho de Sarinha! É melhor andar na linha! Eu sei onde seus filhos estudam, entendeu, rapazinho?
P.S.3: Esse é o típico post que poderia dar um mundo de pano pra manga. Pensei nele durante dias. Acho que se minha dor de cabeça hoje não fosse tão forte, teria escrito um tratado sobre ele.
P.S.4: E a tutoria, hein? Quem disse que estou conseguindo estudar?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Como funciona a solidariedade.

Ouvindo: "A conquista do espaço", Engenheiros do Hawaii.

Salve, minha gente!

Viram a tragédia no Haiti?
E os desmoronamentos em Angra dos Reis, no Rio?
Enchentes em Santa Catarina e Piauí, seca em outros tantos lugares.

A mídia noticia tudo e cuida de mobilizar as pessoas. Doações e voluntários chegam de toda a parte. E o dia a dia?

No dia a dia não lembramos que temos vizinhos. Ou parentes. Ou amigos. não nos preocupamos com as tragédias diárias dos que estão próximos, quase nunca nos movemos para ajudá-los.

Será que a solidariedade é algo que, por definição, deve ser feito aos que estão longe? Em minha formação cristã sempre ouvi que "ao fazer pelo próximo, estais fazendo por Mim". Ajudar ao próximo, que realmente está próximo, recebe qual nome mesmo?

Não estou dizendo aqui que ajudar as vítimas das tragédias seja errado. Ao contrário, trata-se de um ato extremamente nobre. Mas não podemos perder de foco a realidade que nos cerca, em função da realidade que a TV nos mostra.

A solidariedade não pode funcionar somente à distância. A solidariedade é aqui, agora e com aqueles que nos cercam e nós amamos.

Abraços a todos.

P.S: 1. Quer uma grande manifestação de solidariedade: entre em contato com aquela pessoa com a qual você não fala faz um bom tempo e sente muitas saudades. Diga o quanto ela é importante e peça desculpas pela ausência. Isso é ser solidário com o próximo e consigo mesmo.
P.S.2: As sementes que você colhe geram frutos que podem ser apreciados por todos. Por você inclusive.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Em busca de inspiração.




Lendo: "Pra Ser Sincero - 123 variações sobre um mesmo tema", de Humberto Gessinger.



Taí um cara que eu sempre cito. Aqui no blog, nos meus diálogos, na minha vida... como falamos outro dia, as referências existem e sempre se fazem presentes.
O livro fala dos Engenheiros, da carreira da banda e do próprio Gessinger. Traz várias letras, várias curiosidades... E consegue alimentar a minha (parca) inspiração.


Os Engenheiros do Hawaii foram se tornando referência à medida que eu percebi que eles diziam coisas que eu pensava. Ou que eu gostaria de pensar. Sua lógica, seqüenciamento e argumentação presentes nas letras e nas melodias (tem sons que são as próprias letras, fascinante!) já me fizeram pensar em muita coisa.


A leitura avançou rápido, as reflexões também. Frutos para o blog? Quem sabe virão. O ano é novo, os pensamentos também. Muito de Teorias Marconeanas devem aparecer por aqui, assim espero!


Abraços a todos!



"Ano 2000 era futuro
Pouco tempo atrás".

Gessinger.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Feliz Ano Novo!

Ouvindo: "Lance de Dados", Engenheiros do Hawaii.

Salve, pessoal!

Feliz Ano Novo (Atrasado, foi mal!);
E Feliz Natal também!!! (Mais atrasado ainda, olha que beleza!).

Mil votos de felicidades a todos. E que os dados lançados conspirem a favor de todos nós!

Muita saúde a todos, muita luz, muita felicidade! Amor em nossas vidas sempre! Psicologia de vez em quando, Teorias Marconeanas, às vezes!

Obrigado aos que estiveram por aqui, desde o início da brincadeira. Mil perdões pelas ausências, pelos posts mal escritos ou sem inspiração. Obrigado pelo incentivo, pela presença, pela força.

Um forte Abraço a todos! E vamos juntos neste 2010!