quarta-feira, 3 de março de 2010

O juízo que fazem da gente

Ouvindo: "Perfect sense", Roger Waters.

Salve, pessoal!

Outro dia eu escrevi sobre "Hetero-estima" (revista e reconsiderada: usaremos "alter-estima", por sugestão da amiga de Sara que me esqueci o nome - está nos comentários do post citado) e levantei a questão sobre o que seria esse sentimento que vem de outro e nos causa emocionalidades diversas, falando mais alto que nossa auto-estima, algumas vezes.

E quando consideramos, de forma crítica, como os outros nos vêem? Quando recebemos um elogio, ouvimos um comentário ou mesmo passamos por uma sessão de "fodeback" com nosso chefe no trabalho?

Uns dizem que somos assim, outros que somos assado. Comentam isso, dizem que percebem aquilo... E como nós vemos o que vêem sobre nós mesmos?

O post de hoje surgiu de uma conversa (hilária, claro!) com Estéfanie (ainda aprendo a escrever seu nome, fique tranquila). Brincávamos sobre o fato de que muitas vezes me viam como um cara safado, descarado e sem-vergonha. Tudo porque sou uma pessoinha sociável e brincalhona.

Já pensou se eu levasse o que dizem que pensam a sério? Ou me ofenderia profundamente, ou acreditaria no que dizem. Imaginem os prejuízos que seriam gerados ao meu caráter!

Agora pensem numa situação mais séria: um comentário que você ouviu de seus pais, de um amigo, do professor, de um colega de trabalho, do chefe... Isso pode te ofender ou te engrandecer, depende de como seja dito e de como seja por você recebido.

A opinião alheia é sim muito importante pra todos nós. Mas talvez o mais importante seja o que fazemos com as opiniões que ouvimos. Bem ou mal, elas ajudam a formar o que pensamos sobre nós mesmos, ajudam a construir nossa auto-estima.

Pensando dessa forma, além de querer deixar vocês pensando sobre o assunto, surge para mim mais um desafio metodológico/conceitual: existe uma relação direta entre auto e alter-estima? Como elas são construídas e como geram influência uma na outra?

Em penso daqui, vocês pensam daí. E pensamos juntos, afinal.

Abraços a todos!

P.S: Estéfanie, juro que tentei fazer um post divertido. Mas o sono não deixou. Fico devendo um mais descontraído e menos desorganizado! ;)
P.S.2: Na verdade, não é que esqueci o nome da colega de Sara. Eu não sei mesmo! No comentário aparece apenas o pseudônimo de "Momba Negra" (lembram de Kill Bill?). Em todo caso, brigadão pela colaboração e apareça mais vezes pra comentar as Teorias, viu!
P.S.3: O "ouvindo" de hoje tem a ver com o post. De forma meio sobliminar, ou mesmo sombria/obscura. Tem o vídeo da canção clicando AQUI. A letra vocês mesmo pesquisam, já trabalhei demais por hoje.
P.S.4: Não viram como eu encaixei a canção com o post? Como não? Pensem direito e vão achar a solução.

2 comentários:

Unknown disse...

Fala, Marcone! Caracas, tinha um tempão q eu não passava por aqui, daí vi seu blog salvo no meu e-mail e resolvi visitar as teorias. Ao entrar dou de cara com um assunto que foi praticamente o tema da minha monografia! Falei sobre a influência do rótulo na formação da identidade. Na época ralei q só pq quase não tinha bibliografia sobre isso, mas o resultado valeu a pena! O filhote saiu e o dia da apresentação foi inesquecível pq o povo começou a chorar, inclusive a minha orientadora! A visão q o outro tem sobre nós influencia muito o processo de construção da nossa identidade. Cheguei a formar um grupo com alguns sujeitos da pesquisa e todos relataram a influência do rótulo recebido, bem como consequências na autoestima, autoimagem e autoconceito. Bem, vou ficando por aqui senão escrevo a monografia inteira! ahahaha Abração e parabéns atrasado!
Maria Helena

Sara A. disse...

Ontem mesmo comentei sobre este assunto com uma amiga. Há sempre um adjetivo presente quando as pessoas precisam me descrever, mas não consigo encaixá-lo em mim. Aí os Mutantes me ajudam a desvendá-lo: "Dizem que sou louco..." (rs). Sempre se referem a mim como "doida", "louca" e outras coisas neste nível. Não consigo me enxergar assim (negação, eu sei). Mas não havia pensado ainda sobre como isto se reflete em minha auto-estima. Ok, Sr. Dr. Marcone! Vc me deu um pulga atrás da orelha... rsrsrs