domingo, 6 de fevereiro de 2011

Incomoda em você, nem sempre incomoda em mim.

Ouvindo: "Sepulnation", do Sepultura.

Salve, pessoal!

Hoje aconteceu um negócio curioso que me fez pensar muito em um bocado de coisas...

Um piloto de Fórmula 1, Robert Kubica, sofreu um acidente grave em uma prova de rali hoje. A coisa foi tão feia que chegaram a circular algumas notícias de que ele talvez precisasse ter a mão amputada. Graças a Deus, não foi necessário. Passou por uma cirurgia delicada e terá um longo período de recuperação.

Um post no twitter chamou minha atenção. Um cara disse que não se solidarizava com a situação de alguém que sofreu um acidente nessas circunstâncias. Em sua opinião, alguém que vive a 300 km/h não sofreu uma fatalidade, passou por uma cconseqüência.

Sou fã de Formula 1 e esportes de velocidade. E o que o cara falou me causou um profundo incômodo. Isso lá é opinião que se dê? Isso é jeito de ver uma situação tão crítica, de um esportista?

Depois da indignação, lembre de uma vez em que vi uma notícia sobre um alpinista que havia falecido em uma expedição. Lembro que pensei: "Esporte idiota, o cara parece que está desafiando Deus!". E aí, me acalmei.

O que incomoda em você, nem sempre incomoda em mim. Talvez esse mesmo camarada que postou sobre o acidente de Kubica tenha se consternado com o acidente do alpinista. Vai saber.

O fato é que além de termos opiniões e preferências distintas sobre um monte de coisas, o que te incomoda ou motiva não é o mesmo pra mim. No fim das contas, pensando no caso do esporte, especificamente, tanto o piloto como o alpinista, tanto o jogador de futebol como o de basquete, estão sujeitos a situações adversas que podem consternar seus fãs e causar indiferença de quem não é fã.

Lembrei que "macaco senta no próprio rabo pra apontar o defeito dos outros" e me senti mal por esquecer que o que incomoda em mim, nem sempre incomoda nos outros.

Abração a todos.

P.S: Apesar da tristeza pelo acidente, ele gerou uma boa notícia para os brasileiros: a chance é grande de que o substituto de Kubica seja Bruno Senna. Como dizem por aí, "Enquanto uns choram, outros vendem lenço".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Algumas (grandes) lições.

Assistindo: "Onqotô", espetáculo de dança do Grupo Corpo (muito, muito bom!!!!).

Salve, pessoal!

Ontem eu recebi algumas lições. Mais algumas, na verdade. Grandes lições, bem grandes mesmo.

Uma amiga muito querida, a quem Amo muito, muito mesmo, do fundo do meu coração, voltou de férias e licença médica. Tinha passado por uma cirurgia delicada, onde além do risco físico existente em toda cirurgia, trazia algum risco psicológico, pela delicadeza e eventual gravidade.

Fui ao seu encontro, feliz e aliviado por vê-la bem e se recuperando. Ela olhou em meus olhos e, com a sinceridade confidente de dois grandes amigos, falou o quanto estava chateada comigo.

Durante sua licença eu não liguei. Não mandei uma mensagem. Não respondi seu e-mail. E ela, muito verdadeiramente, falou o quanto isso tinha doído e machucado, pois entre seus amigos eu estava e ela esperava por mim naquele momento.

Com a consciência de quem sabe o tamanho do erro, apenas pedi desculpas. Sem justificativas. Apenas desculpas.

Pensei e senti muito desde então sobre tudo aquilo. Independente do que eu estivesse passando, de intensidade ou gravidade, de como eu significasse cada coisinha em minha vida, uma coisa é fato: um telefonema, por mais breve que fosse, talvez tivesse sido bem mais efetivo em sua recuperação e estado de saúde do que as orações que fiz ou as vezes em que me lembrei dela com carinho e preocupação.

Entre a medida de se afastar e ficar junto, muitas vezes, a medida certa é saber que junto é o mais longe que podemos ficar.

A vocês e a ela, meu pedido de perdão. E a muitos outros de quem me afastei em algum momento por algum motivo, independente de qual seja, também.

Um Abraço forte a todos, daqueles que matam a saudade e servem de pedido de perdão.