domingo, 6 de abril de 2014

A vida acadêmica... Ah!, a vida acadêmica... -Parte II

Ouvindo: "O Coração do Homem Bomba", Zeca Baleiro

Salve, pessoal!

Não, não fiz a prova de mestrado da UnB. A correria de início de ano foi grande e não (tomei vergonha na cara) me organizei para isso. Então, vamos voltar à questão das finanças.

No último post (nem tem tanto tempo assim, menos de seis meses), comentei um pouco sobre o exagero envolvido nos valores referentes a um curso de mestrado. E, mais importante, sobre as limitações das pessoas pra pagar isso.

Eu pago de Pós Lato Sensu a bagatela de 24 prestações de 400 e tantos reais. Isso porque tenho desconto de ex aluno (com ou sem hífen? Maldita regra nova). E o curso é teórico. Em outra instituição aqui de Brasília que incluia algumas horas de clínica no currículo, o valor ia pra quase 800 pilas.

Um mestrado numa dessas particulares custa por mês, aproximadamente, 1.800 contos. Na moral, é "dinheiro que bobo não conta e sabido se atrapalha". Pra vocês terem uma noção do que é isso, é mais caro que a escola de meu filho. Como assim um curso de mestrado é mais caro que uma creche?

Não estou entrando no mérito de analisar qualitativamente cursos, instituições e afins. Estou dizendo que acho caro pra caramba!

No meu caso, a titulação acadêmica hoje seria puramente pela realização pessoal. No meu trabalho, outros cursos talvez fossem mais efetivos pra minha carreira. Na Psicologia, como penso em atender em clínica, talvez um curso de formação fosse mais adequado. E aí que a coisa começa a mudar de perspectiva.

Se é realização pessoal, sonho mesmo, será que não compensa pagar? Claro, tentar os clubinhos públicos, onde mais que minhas notas e projetos talvez valham os relacionamentos, mas será que não compensa avaliar a possibilidade de ir pra um mestrado particular?

A Psicologia continua sendo um sonho pra mim. A clínica, um sonho de ordem prática, onde eu preciso tomar vergonha na cara e começar a atender. A Academia, um sonho de ordem prática (estudar pra tirar 10 em todas as provas do mestrado e compensar um currículo lattes bem restrito) e financeira (fazer pé de meia e contas e mais contas). Mas em nenhum dos dois casos chega a ser algo impossível.

O doutorado antes dos 50 anos virá. Ainda tenho fé nisso.

Abraços a todos.

P.S: Claro que uma mega sena premiada muda muita coisa.
P.S.2: Assustou com o preço que sugeri para a creche? Acredite, educação, em todos os níveis, é algo que não é barato.
P.S.3: Amigos que tem vida acadêmica foram bem claros comigo: a academia é um clubinho. Os orientadores não querem sua pesquisa, querem as pesquisas deles mesmos. Se a sua ajuda, bem, se não... :(
P.S.4: Aceito bolsas de estudo, integrais ou parciais. Vamos negociar.

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