segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sobre o artigo que entreguei hoje

Ouvindo:  "What in the world happened to you" - Offspring. (Xô, ema!!!)

Salve,  pessoal!

Apois... voltei a ir pra escola. Pós em Teoria Psicanalítica. Coisa leve, só pra relaxar. Mas tem trabalhinho. E o trabalhinho deu um trabalho retado. Cansei, estressei. Mas saiu!

É bem verdade que entreguei achando que ficou ruim e que estou com receio de nem passar na disciplina. Mas entreguei e, avaliação qualitativa à parte isso foi uma vitória!

Inseguranças à parte, deixe eu contar sobre o que foi o artigo. Bem ou mal, ainda é um blog sobre minhas Teorias. E, quem sabe, alguém conta pro professor o que leu aqui e eu ganho um ponto.

A pós é sobre Teoria Psicanalítica, certo? E estamos numa fase em que só se fala do barbudo (nem Deus, nem Papai Noel... Freud mesmo!) e de como ele construiu sua teoria, coisa e tal. A disciplina era "História e Epistemologia da Psicanálise". E eu, óbvio, tinha que pensar num tema meio longe do que estava na proposta original.

Freud abordou MUITO a questão da sexualidade, desde a mais tenra infância. Ok, não é que ele abordou muito. Sua teoria é centrada nesse princípio. E por aí vão o Complexo de Édipo, os Recalques e Sublimações e um monte de coisa nesse sentido. A teoria freudiana é uma teoria da sexualidade humana.

Acontece que, no setting terapêutico (esse é o nome para você, seu terapeuta, a sala dele e tudo o que está no contexto da sessão), muito que vem no relato do cliente não é 100% verdade, no sentido estrito da palavra (que aconteceu mesmo, historicamente falando). Muito do que se fala vem do campo da fantasia (ainda que, para o paciente, aquilo tenha o valor de uma experiência verdadeira; mas isso é assunto pra outro post...). E é nessa de realidade e fantasia que propus uma reflexão: existem implicações ao terapeuta caso ele não consiga discernir, exatamente, entre o que é real e o que é fictício no relato do paciente?

Vamos já esclarecendo uma coisa: o terapeuta (pelo menos na Psicanálise) não faz uma verificação sobre o que é verdade ou não no relato. Não contrata um detetive particular para sondar a história do paciente. Só resta a ele, acreditar nas histórias (lembra que eu falei que pro paciente aquilo é verdade? A gente trabalha com isso!).

E onde o calo aperta e justifica eu escrever alguma coisa sobre isso pra entregar pro professor? Simples! O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA diz que, em casos de suspeita de violência contra o menor, é dever do cidadão denunciar. O Código de Ética do Psicólogo reforça isso, inclusive. Mas se eu, psicólogo/psicanalista tenho dificuldades em ter certeza sobre o que é verdade e fantasia, como vou fazer a denúncia?

Tem um caso que Freud relata em que ele conversa com uma menina de 18 anos que afirma ter passado por tentativas de abuso por parte do pai (Estudos sobre a Histeria, nas Obras Completas). Freud narra o caso com a convicção de que aquilo realmente aconteceu. Mas o que dá segurança ao analista para definir isso? E o mais crítico: o que garante que uma denúncia é coerente (baseada na realidade) ou falsa (baseada na fantasia)? Pense na confusão que uma denúncia feita pela segunda situação pode gerar!

A salvação (ou, pelo menos, tranquilidade) do psicólogo vem com o seguinte: o ECA diz que a denúncia deve ser feita, mesmo em caso de suspeição apenas, para que os órgãos competentes apurem sua veracidade. E o Código de Ética diz que a quebra do sigilo (a denúncia implica isso, em maior ou menor nível), caso necessária, deve ser feita sempre pensando no bem do paciente e decidida com base no "menor prejuízo".

Agora vejam: se naquela época (final do século XIX e início do século XX) o povo já queria queimar Freud, veja lá hoje com o ECA e a dúvida perene entre fantasia e verdade no relato do paciente. Ou seja: ainda hoje existem implicações ao terapeuta caso ele não consiga discernir, exatamente, entre o que é real e o que é fictício no relato do paciente?

Abraços a todos!

P.S: Estou até orgulhoso! Não lembro de um post nesse blog que tenha referências bibliográficas!
P.S.2: Acreditem, a discussão no artigo foi bem mais longa. Mas não que eu acredite que tenha ficado bom. Na verdade, não ficou mesmo... :(
P.S.3: Alguém sabe se usar o "Gerador de blablabla" em artigos é considerado plágio?

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Escrevendo para tentar voltar a escrever...

Ouvindo: "Macaé", de Clarice Falcão

Salve, pessoal!

Larguei a cachaça (mentira!) e consegui voltar a estudar. Quer dizer, voltei a ir pra faculdade. Pra estudar falta um pouquinho ainda...

E a falta de ritmo de estudo e de escrita (a ausência por aqui que o diga, não é mesmo?) tem feito de mim uma vítima da vida acadêmica: putaqueopariu, estou com MUITA dificuldade em escrever!

No meu tempo, quando eu era jovem, escrever era moleza! Prestava atenção na aula, lia (pouco, muito pouco...) a matéria e bingo! Mandava ver no teclado páginas e páginas de Teorias Marconeanas. Mas hoje...

Presto atenção na aula, comecei a ler a matéria e...NADA! Tem dias que não consigo elaborar o pensamento para colocar no papel.

Não escrever no blog é falta de vergonha na cara, confesso. Mas me surpreendi com a dificuldade no retorno à redação acadêmica.

Vamos ver se escrevendo eu consigo voltar a escrever... :(

Abraços a todos!

P.S.: sabe uma dificuldade que sempre tive em meus textos? O fechamento. Acho que o um milhão de P.S. que uso foi uma solução pra isso...
P.S.: tem restrição para o uso de P.S. nas regras de artigo da ABNT?